Opinião: Vale a pena investir em prevenção para evitar o bullying

Posted: sexta-feira, 28 de maio de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: ,
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Quando uma pessoa se sente prejudicada pelo ato de outra, uma das formas de ser compensada é por uma indenização financeira, conseguida por meio do Poder Judiciário. Indenizar quer dizer reparar.

Há certas coisas que dificilmente vão ser reparadas pelo dinheiro, principalmente quando dizem respeito à esfera moral.

Todo mundo já ouviu falar do bullying, que, apesar de ser um fenômeno antigo e de permear todos os tipos de relações sociais, parece algo moderno e que se restringe à relação entre alunos de uma escola.

Bullying é um termo usado para descrever a vitimização de uma pessoa por outra, com o intuito de demonstrar seu poder. Pode variar de ofensas verbais até atos físicos violentos.

A vítima geralmente tem características pessoais mais frágeis como, por exemplo, ser tímido ou apresentar algum aspecto físico marcante.

Opinião: Devemos viver na realidade e propiciar isso aos nossos filhos. Opinião: uma mãe não se faz da noite para o dia. Opinião: a capacidade de amar vai além da orientação sexual de uma pessoa Opinião: a função dos pais é ajudar o filho a se constituir como pessoa. Em Belo Horizonte, um jovem foi condenado a pagar a uma antiga colega de classe o montante de R$ 8 mil por ter, segundo dizem, praticado o bullying.

Há dois anos, colocou-lhe apelidos e fez insinuações maldosas. O juiz considerou que para tudo há um limite. Para os pais do rapaz, suas atitudes não passaram de brincadeira.

A garota também não interpretou assim e recorreu à escola, que disse ter tomado atitudes para mudar o comportamento do aluno, como transferi-lo de sala e repreendê-lo. Porém, as ofensas continuaram, sendo necessária a interferência da Justiça.

Um ato agressivo realmente não pode passar desapercebido. Não acredito que a indenização vá cicatrizar a ferida de um ou transformar a conduta do outro. Apenas servirá para que o sofrimento da garota seja vingado e o comportamento do rapaz punido (a punição será para seus pais).

MUDANÇA EFETIVA
Esse tipo de violência tem acontecido muito em ambiente escolar. Há versões modernas como o cyberbullying, que são agressões via internet ou celular. Reprimi-lo, como a escola e a Justiça tentaram fazer, terá pouca chance de provocar uma transformação. Na verdade, a repressão impede uma mudança efetiva.

Apesar desses atos serem frequentes, pouco espaço tem existido nas escolas para reflexão, havendo apenas ações repressivas quando eles vêm à tona. Ora, o ser humano tem um lado agressivo e negá-lo ou colocá-lo no fundo de um poço não impedirá sua manifestação. Pelo contrário, poderá dar-lhe forças.

As ações escolares para combater o bullying devem ser no sentido de preveni-lo, onde mais que seguir uma conduta, o aluno possa dar sentido à ela, considerando a si e ao outro parte do mundo. Quando algo é questionado e pensado, propicia a tomada de consciência de sua dimensão e importância. O outro poderá ser visto como alguém que também tem sentimentos.

Um trabalho nesse sentido deve fazer parte do dia a dia de uma escola e envolver a família dos alunos. Muito do que somos e como nos expressamos tem sua origem lá. É necessário que ambos ajudem os jovens a se construir como pessoas, não só no que aprendem, mas como agem.

Provavelmente a indenização não servirá de reparação para nada no caso do acontecimento mineiro. Porém, não deixa de ter a função de consolo para a vítima e sua família. Para outros possíveis casos, vale a pena investir na prevenção.

ARE YOU A CITIZEN?

Posted: quarta-feira, 26 de maio de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , ,
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Aí está uma pergunta que, se não for chata, é impertinente (quem não gosta de ser impertinente que atire a primeira pedra na Geni): "Você é um cidadão, cara-pálida?".

A resposta imediata, não importa qual circunstância ou lugar (na rua, na chuva, na fazenda ou, até mesmo, na fila do pão), é o certeiro "Sim!"... mas, contudo, todavia e todos os outros advérbios possíveis e imagináveis, a segunda pergunta ("O que é ser cidadão, afinal?") é sucedida por uma sinfonia de grilos, ou pelo silêncio tangível, quiçá.

Agora é a vez de vocês responderem às duas perguntas, em uns cinco minutos, vai (o @caminho_cidadao perdeu uns 3 leitores agora, pelo menos). Todos nós somos e, ao mesmo tempo não somos cidadãos. Entenderam? Não? Vocês não serão orientados a consultar a resposta com o Mr. Google (tentem esquecê-lo até o final desse post, que não tardará - para alívio de vocês).

Enfim, lá vamos nós para uma viagem pseudo-filosofal-existencial e todo o resto. Não é uma resposta definitiva, tampouco uma "verdade irrefutável" (nenhuma o é), mas ser cidadão é ser membro de alguma sociedade em que haja contexto social definido, assim como é respeitar o espaço onde vive, as pessoas ao seu redor e as normas (é, as normas) vigentes (quem diria que um "tiozinho lóki" do calibre de Hobbes ditaria as regras de nosso cotidiano, tantos e tantos anos após o "Leviatã" ter saído das trevas). Afinal de contas, o que Aurélio, o lexicógrafo (como diz @viniciuv), diria sobre?

Nem venham com argumentos a favor da "luta do lixo" dos garotos de Santa Catarina (será que esmurrar, humilhar e trucidar outras pessoas por diversão, além de outras "cocitas" mais é exercitar o ato cidadão?) é exercer a cidadania, assim como "decorar" as ruas com garrafas, folders e chicletes de "10 por 1" também o é (caso alguém gostar do parque aquático aberto em todo verão na capital paulista graças ao "fechamento" de bocas-de-lobo, é bom repensar no tipo de lazer, né?). Mais alguns exemplos: tirar um racha "maneiro" com a ximbica que ganhou ao completar 18 anos e fazer um strike na galera no ponto de ônibus é massa, não? E ver aquele "tiozinho" fragilizado até o fim ou a gestante e fingir que atingiu no nirvana... no assento que seria deles, de direito, idem, não? Caso vocês tenham respondido positivamente a ambas as questões positivamente, cuidado: temos potenciais sociopatas.

Sarcasmo à parte, pessoas, o que havia sido dito aqui não é uma verdade irrefutável (e qual verdade o é, afinal? Como cantaram os irmãos Gallagher um dia, "toda perfeição tem de ser imperfeita"), mas respeitar o lugar onde vocês passam boa parte de vossos (...) dias e não fazer com o cara (ou a guria) ao lado o que vocês não gostariam de sofrer talvez seja o caminho para a construção de uma sociedade um pouco melhor. Ou vocês gostariam que alguém fizesse com vocês mesmos alguns dos atos relatados acima???

REVOLUÇÃO CULTURAL

Posted: segunda-feira, 24 de maio de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: ,
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Como todos já devem estar cansados de ouvir, rolou das 18h de 15.05.10 até as 18h do dia 16 (vulgo "final de semana anterior") a Virada Cultural 2010, estágio Capital Paulista. A variedade de atrações era incrível (e o nível, em boa parte dos casos, idem), seria a oportunidade perfeita para dar novos ares ao (já tão judiado) Centro antigo da capital paulista (apesar de que o evento chegou a muitos outros lugares), mas...

Como sempre, em todo e qualquer evento, sempre resta algum efeito colateral... também leia-se lixo no chão.   Na última Virada (a exemplo de TODAS as outras, os locais ficaram absurdamente sujos (e não foi culpa de João, Maria, Asdrúbal ou do Taz... é difícil admitir, sei, mas todos temos culpa no cartório... #fato, como se diz no Twitter). Vale citar que, no mesmo evento, houve vários furtos e uma morte (notas tristes para uma iniciativa que se mostrou, pelo menos no campo teórico, perfeita).

Pois bem, galera, cada um de vocês faria isso em suas casas? Talvez latas de cerveja amassadas, garrafas de Jurupinga quebradas e caixas de esfiha (vazias, para piorar) como objeto decorativo da sala de estar seriam uma excelente ideia. O que acham sobre?

EM TEMPO: as fotos acima foram tiradas pelo @jr_mau após o show da banda Móveis Coloniais de Acaju, no SESC Santana, durante o evento já citado.

STICKERS

Posted: quarta-feira, 12 de maio de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , , ,
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Vocês já viram adesivos colados em lixeiras, placas (normalmente, atrás delas) e, até mesmo, nas bordas dos semáforos, não? Pois bem, galera, esses são os sticks (literalmente "figurinhas", no idioma do Manoel).

Vocês acham legais? Visualmente "agressivas"? Elas embelezam ou prejudicam a estética urbana? O que vocês acham sobre? A exemplo do grafite e das demais formas de arte e de intervenções urbanas, o sticker ainda causa divisão de opiniões, que chegam aos extremos entre os aspectos positivos e negativos.

Você está curioso para saber como é o "trampo" dos sticker boys? Dê uma olhada neste vídeo, feito pelo @viniciuv e pelo @jr_mau.





O que vocês acharam, boys and girls? Opinem, fiquem à vontade... esse espaço é feito para vocês, e os assuntos são (e continuarão a ser) sugeridos por adivinhem quem?