ARE YOU A CITIZEN?

Posted: quarta-feira, 26 de maio de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , ,
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Aí está uma pergunta que, se não for chata, é impertinente (quem não gosta de ser impertinente que atire a primeira pedra na Geni): "Você é um cidadão, cara-pálida?".

A resposta imediata, não importa qual circunstância ou lugar (na rua, na chuva, na fazenda ou, até mesmo, na fila do pão), é o certeiro "Sim!"... mas, contudo, todavia e todos os outros advérbios possíveis e imagináveis, a segunda pergunta ("O que é ser cidadão, afinal?") é sucedida por uma sinfonia de grilos, ou pelo silêncio tangível, quiçá.

Agora é a vez de vocês responderem às duas perguntas, em uns cinco minutos, vai (o @caminho_cidadao perdeu uns 3 leitores agora, pelo menos). Todos nós somos e, ao mesmo tempo não somos cidadãos. Entenderam? Não? Vocês não serão orientados a consultar a resposta com o Mr. Google (tentem esquecê-lo até o final desse post, que não tardará - para alívio de vocês).

Enfim, lá vamos nós para uma viagem pseudo-filosofal-existencial e todo o resto. Não é uma resposta definitiva, tampouco uma "verdade irrefutável" (nenhuma o é), mas ser cidadão é ser membro de alguma sociedade em que haja contexto social definido, assim como é respeitar o espaço onde vive, as pessoas ao seu redor e as normas (é, as normas) vigentes (quem diria que um "tiozinho lóki" do calibre de Hobbes ditaria as regras de nosso cotidiano, tantos e tantos anos após o "Leviatã" ter saído das trevas). Afinal de contas, o que Aurélio, o lexicógrafo (como diz @viniciuv), diria sobre?

Nem venham com argumentos a favor da "luta do lixo" dos garotos de Santa Catarina (será que esmurrar, humilhar e trucidar outras pessoas por diversão, além de outras "cocitas" mais é exercitar o ato cidadão?) é exercer a cidadania, assim como "decorar" as ruas com garrafas, folders e chicletes de "10 por 1" também o é (caso alguém gostar do parque aquático aberto em todo verão na capital paulista graças ao "fechamento" de bocas-de-lobo, é bom repensar no tipo de lazer, né?). Mais alguns exemplos: tirar um racha "maneiro" com a ximbica que ganhou ao completar 18 anos e fazer um strike na galera no ponto de ônibus é massa, não? E ver aquele "tiozinho" fragilizado até o fim ou a gestante e fingir que atingiu no nirvana... no assento que seria deles, de direito, idem, não? Caso vocês tenham respondido positivamente a ambas as questões positivamente, cuidado: temos potenciais sociopatas.

Sarcasmo à parte, pessoas, o que havia sido dito aqui não é uma verdade irrefutável (e qual verdade o é, afinal? Como cantaram os irmãos Gallagher um dia, "toda perfeição tem de ser imperfeita"), mas respeitar o lugar onde vocês passam boa parte de vossos (...) dias e não fazer com o cara (ou a guria) ao lado o que vocês não gostariam de sofrer talvez seja o caminho para a construção de uma sociedade um pouco melhor. Ou vocês gostariam que alguém fizesse com vocês mesmos alguns dos atos relatados acima???

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