PEQUENOS CIDADÃOS

Posted: quinta-feira, 17 de junho de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , , , ,
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"Um cidadão é formado na base, desde a infância". É basicamente isso que a vã filosofia, o senso comum e nove entre dez brasileiros (estatística baseada em dados essencialmente empíricos) dizem. Será verdade mesmo?

Pode até não ser uma resposta definitiva, algo como "an ultimate answer" (nada é incontestável e/ou irrefutável), mas a criação na formação da criança pode delimitar qual tipo de adulto (e de cidadão, consequentemente) será. Também não é segredo de ninguém que boa base sociocultural (e intelectual, por que não?) também contribui para melhor formação de futuros cidadãos.

Com base nesses aspectos, foram criados projetos musicais voltados para as crianças, com ênfase em aspectos educacionais e relacionados à formação sociocultural. Um dos mais expressivos é o Pequeno Cidadão, projeto formado pelo quarteto (ou "fab 4", como preferirem) por Arnaldo Antunes, Edgard Scancurra (ex-Ira!), Taciana Barros e Antônio Pinto.

Se quiserem conferir o trabalho do Pequeno Cidadão, aí vai o vídeo de "Tchau chupeta" (apesar de ser voltado para crianças, os "cidadãos adultos" também gostarão do resultado).




Outro grupo voltado para crianças, mas com vertente voltada para o lado cênico, é o Palavra Cantada, duo composto por Sandra Peres e por Paulo Tatit. Apesar de não serem tão conhecidos nominalmente no mainstream, com certeza vocês já ouviram, pelo menos uma vez na vida no Palavra Cantada... Para quem não sabe, volta e meia o duo compõe trilhas sonoras para programas infantis da TV Cultura.




Gostaram, crianças? Ou melhor, "pequenos cidadãos"? Nem será preciso dizer "opinem, comentem... e participem".

SINTONIA CIDADÃ

Posted: quarta-feira, 16 de junho de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , , , , ,
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Um programa de rádio sobre cidadania (e sem playlists) descolado? Será possível? Ou é apenas uma "viagem", quiçá um sonho um tanto quixotesco? O que vocês acham?

Bueno, a equipe do @caminho_cidadao provou que é possível fazê-lo, sim. Para quem não conhecia, muito prazer, este é o programa Sintonia Cidadã, cujo mote é a relação do indivíduo com o espaço onde vive, com foco na cidadania.


No Sintonia Cidadã, os assuntos abordados são extremamente variados: concursos públicos, bullying, greves, voto consciente; sendo a abordagem descolada mas, ao mesmo tempo, com a seriedade que requer. 

A apresentação ficou por conta de @amaurimoura; e as reportagens ficaram por conta de @aryanepc, @danijornal, @jr_mau, @viniciuv e de Fábio Souza. Além disso, há o "Boletim cidadão", com dicas e pitacos sobre o que acontece (em relação à cidadania) na Pauliceia Desvairada, capitaneado por Fernanda Branquinho (ou Nanda Blanc, como preferirem). O programa está disponível aqui.

Grazie mille a todos! Até a próxima!

FLASH MOBS

Posted: quarta-feira, 9 de junho de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , ,
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O que uma festa no metrô, uma guerra com travesseiros, uma sessão com abraços coletivos e distribuição de chocolates ao melhor estilo Sílvio Santos no momento “Quem quer dinheiro?” têm em comum? Se você pensou ou respondeu mesmo “Nada”, seguramente nunca ouviu o termo flash mob.

Flash mobs, explicados de maneira bem resumida (ou “direta e reta”, se preferir), são manifestações instantâneas, que reúnem grupos de pessoas em determinado local para alguma manifestação ou intervenção (tudo arquitetado em sigilo, entre os participantes, para causar “impacto” nas demais pessoas presentes no local, além de ser algo, digamos, fugaz), como a tradução desse termo sugere - algo como “reuinão de uma multidão instantaneamente”. O termo é uma abreviação da expressão flash mobilization, que significa, literalmente, mobilização instantânea.

Antes que você ache que o conceito de flash mob surgiu repentina e inesperadamente, vamos a uma breve contextualização. O primeiro evento do gênero aconteceu, para variar, na terra do Tio Sam. Um jornalista chamado Bill Wasik (guarde este nome), o pioneiro em flash mobs (ou em tentativas de, pelo menos) convidou alguns amigos (algo em torno de 40 ou 50) pelo endereço eletrônico themobproject@yahoo.com, para uma manifestação instantânea (!) em frente à loja de artigos Claire’s Assessories, em Manhattan... mas a direção da loja foi informada sobre, acionou a polícia e aquele que seria o primeiro evento do gênero foi abortado.

O mesmo Bill Wasik, em 3 de junho de 2003, conseguiu fazê-lo com sucesso na loja de departamentos Macy’s. Como ele o fez? Vamos lá: o próprio Wasik e alguns amigos distribuíram flyers àqueles que estavam de passagem nas ruas de Manhattan, orientaram-as a ficarem concentradas em quatro bares da região e, momentos depois, mais de cem pessoas estavam no nono andar da loja de departamentos em questão, ao redor de um tapete, digamos, caro.


E aí, o que acharam? Ficaram interessados pelos flah mobs? Querem saber quando será o próximo evento? Saiba mais no Twitter e na revista do @caminho_cidadao, em breve nas bancas.

CORRIDA AO BOM-SENSO (2)

Posted: terça-feira, 8 de junho de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: , , ,
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Ficou curioso para dar uma olhada em como está a Avenida Olavo Fontoura, vulgarmente conhecida como "Lar Olavo Fontoura dos guard-rails abandonados"? Pois bem, deem uma olhada nesta videorreportagem (ou, ao menos, tentativa de) feita por @jr_mau.




Gostaram? Não? Ficaram estarrecidos com esse descaso? Opinem, mostrem a cara... Enfim, o espaço público pode tornar-se melhor, desde que todos nós (TODOS mesmo) façamos a nossa parte para tal.

CORRIDA AO BOM-SENSO (1)

Posted: by @caminho_cidadao in Marcadores: , , ,
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A São Paulo Indy 300 acabou há tempos. Danica Patrick já se foi. Hélio Castro Neves (ou Castroneves, como preferem os gringos?) e Tony Kanaan também. Até a desnecessária caixinha de leite longa-vida dada a Will Power, vencedor da prova, também; mas, além da chuva, dos buracos, dos alagamentos na Marginal Tietê e do mau cheiro oriundo do rio (ou esgoto digno do Guinness?) que "batizou" a via marginal, há mais lembranças daquele 14 de março de 2010: os guard-rails.

É isso mesmo, galera: mesmo com a saída do circo da Fórmula Indy (ou Izod Indy Car Series, de maneira um pouco mais formal) da "capital financeira" da terra que tem palmeiras (não é sobre o clube de futebol) onde canta o sabiá, deixaram os guard-rails ali, quietinhos, esquecidos, abandonados e enferrujando. Sensacional, não? Tudo isso para o quê? Haverá mais corridas na Avenida Olavo Fontoura neste ano? Se houver a "Anhembi Racha Festival", não percam em hipótese alguma (antes que algum desavisado ache que isso foi um incentivo, foi apenas um comentário irônico. Tudo bem?)

Já faz praticamente três meses que a prova foi realizada (há um ano, quem o dissesse seria instantaneamente internado em um manicômio), a Copa do Mundo (o pão e circo no formato massificado ao extremo) bate à nossa porta e "bombardeia" nossos televisores, Mike Conway, um dos pilotos que aceleraram naquela reta (claro que durante a prova)  quase se estropiou em Indianápolis - pouco menos de 3 meses após a corrida por aqui - e já começou a corrida eleitoral para presidente da república... e nada da DERSA retirá-los... ainda.

Consta que a prefeitura de São Paulo já fez solicitação de retirada dos guard-rails da Olavo Fontoura (a previsão é de que isso ocorra até o final deste mês... esperemos) mas, enquanto isso não acontece, o que nos resta, enquanto cidadãos, é olhar para eles, na esperança de que a retirada ocorra de fato. Vale citar que, no trecho da avenida-assunto com os (já exaustivamente citados) guard-rails, há somente um ponto de travessia seguro (há alguns dias, sequer isso tinha... ele estava obstruído mesmo).

E não foram só os guard-rails os itens "esquecidos" pela organização da prova. As muretas demarcadoras da pista (com propagandas de emissoras de um grupo de comunicação e da própria prefeitura) estão ainda ali, com alambrado, plaquinha de aviso de "x" metros para o fim da reta ("200 metros para a freada" ou "faltam 200 dias para retirar tudo"?). Os mais desavisados podem até achar que trata-se de locação para a filmagem de algum filme de guerra ou de catástrofe humanitária, mas isso não vem ao caso.

De quebra (ou melhor, a "cereja do bolo"), também há muretas da área dos boxes dentro do complexo do Anhembi. Ao lado, por exemplo, está a foto do pit lane da equipe do piloto brasileiro Raphael Matos (se quiser saber como era na época da prova, o registro está aqui, no blog do jornalista Flavio Gomes, um dos primeiros a reclamar sobre, justamente, o "esquecimento" dos guard-rails.).

Agora, galera, o que resta é esperar que a prefeitura, a DERSA ou qualquer órgão e/ou autarquia que seja tomem as devidas providências, mas devemos ficar de olho neles, afinal. That's all, folks!

ABAIXO A TINTA, SIM AO ADESIVO!

Posted: by @caminho_cidadao in Marcadores: , ,
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Arte urbana, ainda hoje, é um assunto muito discutido e questionado. Intervenções artísticas em grandes metrópoles geram polêmicas e dividem opiniões. Para a lei, segundo o artigo 65 da Lei 9.605/98, utilizar espaço público para qualquer atividade audio-visual sem autorização prévia é crime ambiental, classificado como vandalismo, punível com detenção de seis meses a um anos mais multa.

Há quem acredite que manifestações artísticas urbanas são legítimas, e o uso do espaço público é o único meio do cidadão que normalmente vive na periferia expressar sua arte. As manifestações mais comuns são as pixações, feitas de maneira precária com tinta spray e o grafitti, que é mais trabalhado, complexo e utiliza diversas técnicas. Mas um outro tipo de arte urbana está tomando a cena dos grandes centros urbanos brasileiros: os Stickers.

O termo “sticker” vem do inglês e significa, popularmente,  “adesivo”. São pequenos desenhos feitos em papel autocolante que são afixados em postes, placas e vitrines das ruas mais movimentadas da cidade. O movimento começou, ao mesmo tempo, nos Estados Unidos e em grandes cidades europeias como Londres e Paris na segunda metade da década de 1990.


Quer saber mais sobre stickers? Gostou do assunto? Ficou interessado? Leia mais na revista do @caminho_cidadao.

Opinião: Vale a pena investir em prevenção para evitar o bullying

Posted: sexta-feira, 28 de maio de 2010 by @caminho_cidadao in Marcadores: ,
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Quando uma pessoa se sente prejudicada pelo ato de outra, uma das formas de ser compensada é por uma indenização financeira, conseguida por meio do Poder Judiciário. Indenizar quer dizer reparar.

Há certas coisas que dificilmente vão ser reparadas pelo dinheiro, principalmente quando dizem respeito à esfera moral.

Todo mundo já ouviu falar do bullying, que, apesar de ser um fenômeno antigo e de permear todos os tipos de relações sociais, parece algo moderno e que se restringe à relação entre alunos de uma escola.

Bullying é um termo usado para descrever a vitimização de uma pessoa por outra, com o intuito de demonstrar seu poder. Pode variar de ofensas verbais até atos físicos violentos.

A vítima geralmente tem características pessoais mais frágeis como, por exemplo, ser tímido ou apresentar algum aspecto físico marcante.

Opinião: Devemos viver na realidade e propiciar isso aos nossos filhos. Opinião: uma mãe não se faz da noite para o dia. Opinião: a capacidade de amar vai além da orientação sexual de uma pessoa Opinião: a função dos pais é ajudar o filho a se constituir como pessoa. Em Belo Horizonte, um jovem foi condenado a pagar a uma antiga colega de classe o montante de R$ 8 mil por ter, segundo dizem, praticado o bullying.

Há dois anos, colocou-lhe apelidos e fez insinuações maldosas. O juiz considerou que para tudo há um limite. Para os pais do rapaz, suas atitudes não passaram de brincadeira.

A garota também não interpretou assim e recorreu à escola, que disse ter tomado atitudes para mudar o comportamento do aluno, como transferi-lo de sala e repreendê-lo. Porém, as ofensas continuaram, sendo necessária a interferência da Justiça.

Um ato agressivo realmente não pode passar desapercebido. Não acredito que a indenização vá cicatrizar a ferida de um ou transformar a conduta do outro. Apenas servirá para que o sofrimento da garota seja vingado e o comportamento do rapaz punido (a punição será para seus pais).

MUDANÇA EFETIVA
Esse tipo de violência tem acontecido muito em ambiente escolar. Há versões modernas como o cyberbullying, que são agressões via internet ou celular. Reprimi-lo, como a escola e a Justiça tentaram fazer, terá pouca chance de provocar uma transformação. Na verdade, a repressão impede uma mudança efetiva.

Apesar desses atos serem frequentes, pouco espaço tem existido nas escolas para reflexão, havendo apenas ações repressivas quando eles vêm à tona. Ora, o ser humano tem um lado agressivo e negá-lo ou colocá-lo no fundo de um poço não impedirá sua manifestação. Pelo contrário, poderá dar-lhe forças.

As ações escolares para combater o bullying devem ser no sentido de preveni-lo, onde mais que seguir uma conduta, o aluno possa dar sentido à ela, considerando a si e ao outro parte do mundo. Quando algo é questionado e pensado, propicia a tomada de consciência de sua dimensão e importância. O outro poderá ser visto como alguém que também tem sentimentos.

Um trabalho nesse sentido deve fazer parte do dia a dia de uma escola e envolver a família dos alunos. Muito do que somos e como nos expressamos tem sua origem lá. É necessário que ambos ajudem os jovens a se construir como pessoas, não só no que aprendem, mas como agem.

Provavelmente a indenização não servirá de reparação para nada no caso do acontecimento mineiro. Porém, não deixa de ter a função de consolo para a vítima e sua família. Para outros possíveis casos, vale a pena investir na prevenção.